domingo, outubro 31, 2004

Os gatos e eu

Esse blog é sobre mim, mas poucos me conhecem. Comumente eu mesma me surpreendo. Um perfil ao lado esquerdo dos posts é precário e se assim não fosse, tornaria o blog desnecessário. Bastaria enviar por e-mail a minha ficha e todos me conheceriam. Atualizaria sempre que necessário apenas. Não, um perfil não basta. Eu falo muito. Preciso "me contar, me expor friamente nas livrarias..." (não era assim no poema da Carlos Drummond?)

Por onde começar? Somos tão complexos!

Decidi pelas minhas marcas. Aqueles pequenos detalhes que fazem com que se lembrem de nós. E os gatos são um deles. Eu amo gatos. Quem me conhece o sabe bem.


"(...)

Tê-los é compreender toda a delícia do
espreguiçar-se até o último feixe de músculos. É ter inveja daquele
dormitar sem
pressa - o cochilo saboroso dos que não correm pra lugar algum.
(...)
Tê-los é compreender a essência da polidez. É se transformar num atento
observador só para usufruir da
graça de ver os bichanos comendo: aquela
incomparável fleuma de saborear o alimento com vagar ensina que
comer é uma arte e que, como tal, deve ser cultuada.

Gatos, gatos. Como não tê-los? Como perder a chance de vê-los andar com
a elegância toda do mundo? Como
ficar sem ouvir os ronrons de felicidade? Sim,
é melhor tê-los. Sobem pôr tudo. Vasculham todas as gavetas.
Afiam as unhas no
pobre sofá da sala. Enchem de pêlos as visitas. Derrubam a casa. Ah,
Deus do céu, mas quando um gato nos olha... Um só instante e aquela deferência de prestar atenção em nós
(...)
Ora, gatos! Gatos? Sim, melhor tê-los, sabê-los e, inevitavelmente,
amá-los..."

Autor Desconhecido

Termino de ler esse poema com lágrimas nos olhos e um aperto na garganta. As minhas meninas estão com a minha mãe. Consigo passar o dia sem me lembrar delas mas se vejo um gato, qualquer que seja, ou os ouço ou por qualquer outro motivo me lembro delas. Ai, que saudade! Quando visito minha mãe é uma festa. Elas acordam de seus sonos, se espreguiçam demoradamente e vêm me ver. Se roçam nas minhas pernas depois querem que eu corra atrás delas. Sobem nas camas, abrem bem os seus olhos (que se tornam negros) e tentam predar minha mão. Que saudade do enroscar na minhas pernas enquanto durmo. Sei que elas sentem também. Mais um pouco e 3 delas vêm morar comigo. Espero que seja breve!


Termino com um prolongado suspiro.


domingo, outubro 17, 2004

Hoje é dia 17, domingo, e eu trabalhei novamente. Desde domingo passado não tenho um dia de folga. Eu mereço! De resto a minha vida anda muito bem.

Hoje eu resolvi colocar um trecho do meu livro de cabeceira. Sabe aquele livro que você gosta de reler várias vezes. Poi é, às vezes eu simplesmente pego ele e abro em uma página qualquer. Muito bom. Aprendi muuuito com ele.

"Sempre ouvimos falar no amor incondicional. É comum ouvir dizer que quem ama ama 'sem condições' restritivas. (...) Precisamos não só respeitar a necessidade de crescimento de quem amamos, como devemos fomentá-la, mesmo com o risco de perder a pessoa amada. Só no constante crescimento individual é que há qualquer esperança de que duas pessoas cresçam juntas.

Ficar juntos, ao pé da lareira é uma cena tocante e agradável, desde que o fogo não se apague por falta de lenha: um dos dois terá de sair para repô-la. Feito isso, retornamos ao pé da lareira, onde o fogo agora é mais vivo, e nos aquece mais, nos dá mais calor."

Acho que se perguntássemos às pessoas porque elas amam seus namorados(as), na maioria das vezes a resposta envolveria "eu" ou "me", como: "eu me sinto amada, respeitada, livre, bem... perto dele" ou "ele me faz feliz, me ajuda..." Eu posso dizer que amo sem condições restritivas, que tento ao máximo fazer o meu namorado crescer, "mesmo com o risco de perder a pessoa amada". Não vou dizer que é fácil, mas é muito gratificante.

Beijos a todos.

terça-feira, outubro 12, 2004

No trabalho

Olá, todos! : D

Estou no trabalho, em pleno feriado, quando poderia estar na casa da Deds comemorando o niver dela. Como vocês podem ver, estou lucrando horrores em comição enquanto atualizo meu blog (para quem ainda não entendeu: não entra ninguém e o tempo não passa!)
 
Sabe o que é pior? O gerente reclamou que eu ando chegando atrasada. Em vez de 15 pras 4, eu tenho chegado às 10 ou 5 pras 4. Por duas vezes cheguei 4:10 - porque estava doente! Vim trabalhar doente, venho trabalhar quando falta alguém, nunca escolho que domingos vou trabalhar e raramente, muito raramente mesmo tiro hora de lanche. Meu colega, Alex, acabou de me perguntar neste minuto: "não vai lanchar não?" Ninguém merece!! Vou soltar o verbo com ele amanhã. Ele que não venha reclamar de hora comigo. >P
Beijos

quarta-feira, outubro 06, 2004

Mais uma página em branco.
O vazio. Dá medo de olhar.
Sigo devagar.
Cada linha, um passo.
E a página vai tomando forma.
A gramática e a ortografia pouco importam.
Sigo sonhando. Sinto cada letra.
As vogais são mais comuns,
das consoantes tenho medo.
Novamente o medo.
Mas eu tenho borracha,
sempre escrevo a lápis,
e se ninguém entender, interpretar errado,
volto, apago tudo e começo da primeira página.
Todos escreveram um livro, menos eu.
Emprego, casa, família...
e eu aqui com medo de uma página em branco,
como um fantasma de lençol.
Ei! Veja! Acabei uma página e nem notei.
Mas, ai, ainda há muitas páginas em branco...

sábado, outubro 02, 2004

Observações sobre o site

OBSERVAÇÕES SOBRE O SITE


O Gustavo reclamou que não encontrou os comments. Coloquei-os, mas estão meio errados, ou melhor, completamente errados. Deveria abrir uma outra janela. Se alguem souber consertar isso, por favor me ajude, pois estou perdendo de mil a zero pro blogspot. Deds, no seu blog está funcionando direitinho. O que eu fiz errado? HELP!

Outra coisa, os posts de julho seriam para um outro blog. Portanto não reparem, por exemplo, no uso de apelidos.

Que mais...
Bem, estou no trabalho, então eu não vou me alongar.

Beijos a todos. ;D